top of page

introdução: as teorias comunicativas

   O livro “Teorias da Comunicação nos estudos das Relações Publicas”, de Sandro Takeshi, é dividido em três capítulos, mas o foco do nosso estudo será apenas o primeiro, “Panoramas das Teorias da Comunicação”. Nele o autor apresenta um debate entre diversas questões teóricas através dos paradigmas, que são eles: Funcionalista Pragmático, o Crítico, o Matemático Informacional, o Culturológico, o Midiológico e o Linguístico Semiótico. Nesta primeira parte, Takeshi, mostra os estudos adotados de Nery e Temer (2009), debatendo dois extremos, “por que existe tão poucas teorias e por que existe tantas?”. Por essa pergunta de Martino (2007) o autor nos mostra que um dos principais problemas dessa questão é a falta de uma disciplina que ensine a construir uma boa e valida teoria. Antes de nos aprofundarmos nessa resenha deixamos claro que o nosso objetivo não consiste em definir quais são as teorias e sim fazer uma breve apresentação afim de que o leitor possa no final ter consciência do atual panorama das teorias da comunicação.

   No Paradigma Funcionalista Pragmático temos a proposta de compreender a sociedade segundo as trocas e relações sociais entre os indivíduos e os grupos. A Escola de Chicago cria uma tese nomeada de Interacionismo simbólico afirmando que os indivíduos atuam na sociedade de acordo com os significados e valores que lhe são oferecidos. Muito conhecida também se torna a Teoria da Agulha Hipodérmica aonde os meios de comunicação podem ser utilizados para “injetar” informações na sociedade em massa a fim de manipular e induzir ações coletivas, a exemplo disso temos a propaganda utilizada pelos governos em tempos de guerra. E por fim a teoria do Funcionalismo defendendo a ideia de que quando as pessoas controlam o seu comportamento é formado um sistema social que interage entre si e busca resolver os problemas sociais criando assim um equilíbrio.

  Em seguida encontramos o Paradigma Crítico que nos apresenta uma relação direta entre as ideias centrais promovidas pela filosofia clássica alemã, no qual podemos destacar os principais conceitos: marxismo, psicanálise, mercadoria, ideologia, público passivo, indústria cultural, manipulação, espiral do silêncio, capitalismo, opinião, crítica, contexto histórico, comunicação e esfera pública. São discutidos neste capitulo a transformação da cultura em mercadoria e a difusão da ideologia pelos meios de reprodução técnica, e apresentadas teorias que comprovam o contexto e pensamentos dos idealizadores.

 

  O paradigma matemático informacional é baseado nas tentativas e experiências laboratoriais executadas por profissionais que buscavam compreender e melhor as técnicas de transmissão e troca de informações. Os principais conceitos são: informação, redundância, ruído, mensagem e linguagem, sendo que todos são fundamentais, pois em toda forma de comunicação existe uma informação a ser passada, e partir dos elementos de linguagem a mensagem pode ser entendida eficientemente.

  No paradigma culturológico é necessário saber de suas culturas, e as formas de como estruturar o pensamento antes da comunicação. Os estudos culturais se dividem em dois momentos. O primeiro trata da cultura inglesa com foco na cultura local e regional; no segundo momento, a divisão dos estudos com foco na cultura latino-americana.

Ao lermos o paradigma midialógico tecnológico entendemos que o desenvolvimento humano é consequência ou está diretamente ligado ao domínio das ferramentas e ao seu desenvolvimento tecnológico. Diversas correntes dos meios de comunicação de massa dedicavam-se aos estudos de conteúdo das mensagens, sendo que apenas nos anos 1950 começou a surgir a preocupação com os efeitos das tecnologias da comunicação como aceleradoras de mudanças sociais. Para Marshall Mcluhan, professor de literatura canadense, a evolução humana pode ser dívida em três estágios: Primitiva, fase pré-tecnológica caracterizada pelo inter-relacionamento dos sentidos; Tipográfica, fase pós-renascimentista quando é valorizada a razão (pensamento linear) e por fim o reenvolvimento verbivocovisual: fase marcada pela evolução tecnológica e pela era eletrônica

  No Paradigma Linguístico Semiótico temos a compreensão de que a mensagem é composta por meio dos chamados “signos”, que segundo Lúcia Santaella (2007, p. 58 apud Sandro Takeshi, 2011, p. 39) “O signo é algo que representa alguma coisa para alguém, mas ele não é a coisa em si, não é o seu objeto, mas pode representar esse objeto de certo modo e com uma certa capacidade “. Já em semiótica, que é separada em três correntes, nos são apresentados 3 autores representando suas respectivas correntes, sendo eles: Greimas(semiótica francesa), Iuri Lotman(semiótica da cultura) e Charles Pierce(semiótica peircena).

   No tópico final do capítulo, é apontado que existem métodos para formar e estudar as teorias da comunicação e que quando demonstrados, apontam os cinco principais campos de pesquisa da  comunicação que se apoiavam dentro de uma perspectiva histórica : o enfoque da pesquisa na comunicação e instituições políticas, a psicologia social, o foco da pesquisa com comunicação e educação e a análise da comunicação com fins comerciais.

Sandro Takeshi Munakata da Silva

© 2016 Produzido por Alpha Comunicação. Todos os direitos Reservados. Criado por Wix.com

bottom of page